O TÍTULO É SEU.
O MELHOR DE MIM PODE SER...
a dor.
De um lado da cena Fernanda Maria Young de Carvalho Machado
uma escritora, atriz, roteirista e apresentadora da televisão brasileira
falando em um artigo de revista sobre a elaboração que faz em sua vida muito
bem vivida onde a depressão tornou-se uma companheira eficaz, provavelmente em
alguns momentos uma vida muito bem “sofrida” também. Quem tem depressão ou em
algum momento deprimiu sabe como é difícil conviver com a falta de ENERGIA
(vontade, ou desejo?) para se ter novos investimentos. Mas Fernanda de alguma
maneira conseguiu lidar consigo mesmo com muita responsabilidade. Porque o
problema não são os percalços que aparecem, mas sim... como vamos lidar com
isso.
A partir do que somos e do que temos.
Do outro lado outra história, um senhor com mais de cinquenta
anos que acaba de tirar sua própria vida enforcando-se dentro de sua
casa. Pai de três lindas filhas que gozavam de perfeita saúde, todas tendo um
encaminhamento já muito bem definido me parece, em relação a suas vidas, ele
também tinha netos, uma estabilidade financeira, uma esposa que recentemente
havia vencido a luta contra o câncer e um lindo e maravilhoso parreiral de uvas
no interior de sua propriedade.
Onde estou querendo chegar com estas duas
histórias?
Pensar em um contraponto, alguém que conseguiu de alguma
maneira dar vida para o que TRAZ sofrimento! Criar um novo sentido para a dor
que já existe. E alguém que não conseguiu... Mesmo aparentemente transmitindo obter uma
vida “estável”, ou “tranqüila”. O parreiral de uva pelo menos hoje ficará intacto,
talvez meses ou anos. Não sabemos como a família vai lidar com tal tragédia.
Desejamos sempre que da melhor forma possível. Mas de qualquer forma penso que
ter um familiar que tirou a própria vida deve ser extremamente doloroso.
Existe um “mal” dentro de cada um de nós!
Alguns dão conta da dor através da fé;
Da psicanálise
Da atividade física
Dos livros
Da arte
Do trabalho
Da caridade
ETC...
... Para que a vida não se torne tão insuportável!
Para que o mal de nós torne-se apenas um testemunho!
Então, a vida pode se tornar como quando vamos assitir a uma
peça de teatro, mas não sabemos nada sobre a apresentação, só sabemos o título
e imaginamos a história, já pensamos no contexto e o que virá não será
atormentador.
Que a continuação seja sempre para a vida. Não importando o
cenário, os atores, a platéia, os percalços, os aplausos...
Que seja possível darmos conta das nossas dores do dia a
dia!
Precisamos HOJE dar um título a nossa existência.
Comentários
Postar um comentário