O Corpo.

Porque um dia antes da partida eu apostei novamente no silêncio e ainda assim eu ouvia (-me).
Não liguei o som do computador e nem da televisão. Ouvia apenas os pássaros cantando, o barulho dos automóveis nas ruas, as máquinas de costura, murmúrios de vozes humanas, no entanto, o meu silêncio para o mundo era o que se fazia mais presente.
Olhava ao redor e perdia-me no meio de tantas roupas. Cheguei a gentil conclusão que tenho roupas demais do que necessariamente deveria ter. Talvez a partir deste dia eu compre menos. Bem menos.
Um dia como outros, a diferença eram as malas. Muitas malas, muitas roupas.
A cabeça também doía e os ouvidos, será uma infecção?
Não.
Eu tinha ouvido demais nos últimos dias, coisas boas e ruins.
Vou-me agora tomar um banho e tirar a poeira do dia, imaginando que com a água  também saia tudo o que me incomoda (va).
Como se fosse possível! Risos e mais risos. É Mágica...(interrogação).
Um dia como outros.
.
..
...
....
.....
.....
......
Porque o meu corpo sempre fala mais alto que a minha dor, porque a dor de viver está no meu corpo.
Meu corpo é o palco da minha vida!
Eu sou uma atriz.




Postagem salva em rascunho 10-02-2011
Ao som de ENIGMA (Dancing with mephisto)

Comentários

  1. Justo!
    Pra quem tem sensibilidade ou mesmo um certo preparo, sabe ler(entender) perfeitamente uma "linguagem corporal" ...

    Saudades de vc mulher que anda sumida!
    Bjs!

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  2. Os poetas são como as rosas,
    para pétalas um verso, para espinhos uma sensação.

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