Escrevo.

Escrevo porque sinto, escrevo porque gosto.

Nesse mundo tão erudito das palavras, encontramos algumas dentre todas, que irão traduzir o que sentimos. Para além de uma realidade onde os corpos se encontram; os sentidos se repetem, se traduzem, se condensam, e penetram...

... Dentro de mim...

... Dentro dos outros...

E esses sentidos só são ouvidos por mim no meu silêncio, é quando estou em silêncio que eles aparecem como uma goteira, que pinga na minha mente sem parar!

E se eu não traduzi-los e não exteriorizá-los, EU ACHO QUE MORRO! ACHO QUE DESMORONO!

Então eu escrevo.

Ás vezes acho que este blogger faz parte de alguma coisa referente à desconstruções e construções de mim mesma, do meu processo de análise e da minha construção com a psicanálise pois desejo ser psicanalista. Pretendo fazer a minha formação e chegar ao "final" de minha análise.

E então você me pergunta: Porque escrever é uma saída sua? bem... não sei, alguns escolhem a arte, outros a música, outros escolhem malhar todos os dias para canalizar essa "energia", eu gosto de escrever!

Colocar em palavras o que penso, o que sinto, o que sou e como sou.

Lendo muito sempre, aqui e ali, literatura, psicanálise e afins.

Cabe a quem ler meu espaço ter sua própria dinâmica para ler as entre linhas, sempre aparece alguma coisa referente ao desejo do autor no que ele escreve.

Para fechar esta postagem com chave de ouro, vou terminar com a citação que pronunciei em meu trabalho de tcc, sobre o que é dito e para além do que se diz, segundo Jackes Lacan:

"Toda palavra tem sempre um mais além, sustenta muitas funções, envolve muitos sentidos. Atrás do que diz um discurso, há o que ele quer dizer e, atrás do que quer dizer, há ainda um outro querer dizer, e nada será nunca esgotado" ( Jaques Lacan)

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