O POÇO.

Penso no vazio.
Respiro.
Vejo o vazio.
Respiro.
Sinto o vazio.
SUSTENTO

Alguns abrem-se para a possibilidade de se haver com a SUA falta, se haver com o impossível.
O vazio. O pau oco. O nada. O poço. 
Virando as costas, sem procurar respostas surreais para as impossibilidades, sem buscar "tamponar" nada. Apenas percebendo o que nunca foi e nunca vai ser.
Dei-me o direito de viver como andarilho. Em busca de nada. Apenas ali, no buraco. Descobri que ele (o buraco) só será tapado com minha ilustre e magnífica morte. Meu corpo então, será ali jogado e o vazio sucumbirá.
Enquando isso sento a beira do poço, de pés descalços de mãos vazias, com uma dor de nada.
Olho para dentro dele, não vejo fim, sem fim, pois o nada é isso, é nada, não tem fim, não tem nada.
Cantando ali a mesma música todos os dias, mas cada vez melhor.


EU DISSE PARA ELE: "NÃO PASSE DE MIM ESTE CÁLICE, DEIXE-ME PROVÁ-LO E PERCEBER QUE TUDO É IMPOSSÍVEL!"


Comentários

Postagens mais visitadas