ECO.

"Viu, você não sabe falar de outra coisa?"

"Viu, você não sabe falar de outra coisa?"

"Viu, você não sabe falar de outra coisa?"

"...de outra coisa?"

"...de outra coisa?"

"...de outra coisa?"

"...coisa?"

"...coisa?"

"...a..."

Foi como um ECO, que ela já tinha ouvido outras vezes, inclusive daquela pessoa, daquela única pessoa que achava ela que jamais se encontraria sem ela. Na verdade não se encontraria se continuasse a encontra-la.
E o que eu penso? penso meu amigo John, que ela realmente não sabe falar de outra coisa, ou de uma maneira diferente, pois seria como você sem a música, seria como eu sem os espelhos.
Você a feriu, ela já tinha sido ferida antes, sem você saber, é claro.
A diferença é que se ela perguntasse a mim ou a você, nós responderíamos: "não senhorita, não conseguimos viver sem...". Nos reconhecemos faltantes, ou apenas nos reconhecemos.
Existem Eco's, como aquele que me fez parar na metade do caminho na sexta-feira, largando as malas no chão, olhando para os lados sem saber se realmente seria este o caminho.
Não havia nada nem ninguém, nem espelhos, nem música, nem um posto para comprar cigarro, nem estrada adiante, apenas o nada, apenas o ECO.

Comentários

  1. E o que dizer do Eco? Serão eles desejos inconscientes de afirmação? Vozes... ouvimos vozes ou produzimos o que cala? Somos senhor e escravo, vítima e algoz de nossa sanidade. De resto? Sobra o ECO.
    Saudades.
    Abraços fraternais.

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  2. Acho que sempre produzimos o que cala... rs
    Escravos de nosso desejo, PQP! SEMPRE!

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